Ana Veiga Simão (2005) alerta para o risco de banalização da palavra portfólio. O portfólio distingue-se de um dossier, embora tenha alguns elementos comuns. Segundo Simão, nos dossiers (pastas) os alunos organizam apenas o material distribuído e anexam relatórios de trabalho, ao passo que no portfólio se valorizam todas as etapas, mesmo inacabadas, os processos de busca, as impressões, as opiniões e os sentimentos despertados pelos diversos assuntos.
Também Silvério (2006) adverte que o portfolio pode ser descrito como uma pasta que contém trabalhos ou evidências significativas do trabalho do aluno, não sendo, contudo, um dossier onde este vai arquivando documentos. Este autor destaca que é na organização, nos objectivos e nos fins que residem as principais diferenças entre um simples dossier e um portfólio.
Segundo Sá-Chaves (2000), as principais diferenças residem no carácter formativo dos portefólios que permitem a verificação da complexidade do processo de aprendizagem do aluno de forma contextualizada; no enfoque no processo que é contínuo e permite a verificação das flutuações no desenvolvimento do aluno e na lógica reflexiva por permitir a partilha de momentos importantes na construção do saber pelo aluno (causas, consequências, significados, reflexões sobre si próprio).
Sem comentários:
Enviar um comentário