Relações inter-pessoais

Relações inter-pessoais

Novo Acordo Ortográfico

O novo acordo ortográfico está em vigor. No entanto, ainda tenho algumas dificuldades em cumprir todos os preceitos. A partir de 17 de Abril, vou tentar escrever de forma adequada às novas regras. Vou tentar!!

domingo, 27 de março de 2011

Relações inter-pessoais

“Grande parte da nossa vida ocorre nas inter-relações com outros indivíduos” (Del Prette, & Del Prette, 2007, p. 212). De facto, o homem é um ser social e, segundo Costa e Matos (2007), na acção social existe um processo de relações, identidades, padrões culturais,…  As relações com os outros indivíduos estão, assim, presentes no dia-a-dia do ser  humanos e o bem-estar dos indivíduos passa, em grande parte, pela qualidade dessas relações. Estas relações ocorrem nas diversas actividades humanas e nos mais variados contextos: na família, no trabalho e na actividade social, em geral. A ausência de relações satisfatórias pode originar problemas complexos como por exemplo problemas psiquiátricos.
Actualmente, alguns autores, entre os quais se destaca Daniel Goleman, consideram a inteligência emocional e a inteligência social como factores decisivos nas inter-relações. Neste contexto, a capacidade de comunicação, o controlo emocional, a capacidade de trabalhar em equipa,… são muito valorizados.
“Filogeneticamente, as competências mais primitivas seriam as reacções de ataque (agressão, comportamento anti-social, ansiedade) e de defesa (fuga, isolamento, apatia)” (Del Prette, & Del Prette, 2007, p. 215). A partir destas competências primitivas o ser humano evoluiu para relações cada vez com maior grau de complexidade. Inicialmente, relacionou-se com o outro para a procriação, seguindo-se o cuidar dos filhos e só mais tarde se começaram a desenvolver situações de cooperação em torno de objectivos comuns.
Para Trower (1995), citado por Del Prette, & Del Prette (2007, p. 216), o indivíduo cria uma auto-imagem e é capaz de perceber o outro como fonte de satisfação ou de ameaça. Segundo este autor, a auto-apresentação pode variar segundo as situações e realça também a importância da flexibilidade do indivíduo para a qualidade das relações.
Ao nível do tratamento de disfunções relacionais surgiram dois modelos de intervenção: Treinamento Assertivo (TA), com origem nos Estados Unidos da América, e o Treinamento de Habilidades Sociais (THS), com origem na Inglaterra. O THS apresenta uma perspectiva mais abrangente. Estes dois modelos, inicialmente, usados numa vertente terapêutica para tratar distúrbios como a timidez, a fobia social, ou a depressão, despertaram para tentativas de teorização. Surgiram, recentemente, duas teorias de investigação científica: Teoria das Inteligências Múltiplas, desenvolvida, por H. Gardner  e a Teoria da Inteligência Emocional preconizada por D. Goleman. A primeira relaciona-se teoricamente com a THS, principalmente no que se refere às inteligências inter e intra-pessoal. A segunda relaciona sentimento e emoção com cognição e comportamento.
Costa, E.; Matos, P. (2007). Abordagem sistémica do conflito. Lisboa: Universidade Aberta, pp.43-72.
Del Prette, A & Del Prette, Z. (2007). Psicologia das Relações Interpessoais (6.ª ed.). Petrópolis: Editora Vozes, pp. 212-221.

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