Relações inter-pessoais

Relações inter-pessoais

Novo Acordo Ortográfico

O novo acordo ortográfico está em vigor. No entanto, ainda tenho algumas dificuldades em cumprir todos os preceitos. A partir de 17 de Abril, vou tentar escrever de forma adequada às novas regras. Vou tentar!!

terça-feira, 10 de maio de 2011

O plano tutorial

 “O que determina a vida do ser humano não são as suas necessidades, mas as suas potencialidades” (Azevedo e Nascimento, 2007, p. 111).

Esta perspetiva enunciada por Azevedo e Nascimento pode ser um bom ponto de partida para a ação tutorial. Os alunos, por vezes, revelam dificuldades de adaptação ao meio escolar, mas não nos devemos centrar apenas nessas dificuldades, pelo contrário, o tutor deve centrar-se nas potencialidades do aluno para melhorar a sua autoestima, para com ele construir um projeto de vida que o possa conduzir a situações de sucesso, seja escolar, seja, posteriormente, pessoal e profissional. As mesmas autoras referem que o modelo de tutoria “só fará sentido pela coconstrução alicerçada num processo dialógico em que «a unidade na diversidade» (Freire, 1984) é alcançada” (p.102).  O tutor deve acompanhar de, forma sistemática os tutorandos, dialogando, apoiando, dando pistas para a tomada de decisões, incitando, facilitando,… mas o aluno tem que se assumir “como construtor principal do seu sentido de vida” (idem). O tutor deve acreditar nas potencialidades (somatório da capacidade e do querer/poder) de cada um dos seus tutorandos e facultar-lhe os recursos necessários para as aplicar na prática.
O professor tutor deve orientar a sua missão de forma a que a escola não acentue as diferenças de origem, mas procure a igualdade (Ribeiro et al., 2010).  A ação tutorial, apesar de se centrar muito no professor e no aluno, deve contar, numa perspetiva ecológica, com a colaboração de uma rede social alargada, que pode ajudar a ultrapassar situações de risco/fragilidade social. A intervenção do tutor deve, assim, ser convenientemente planificada e articulada com os restantes parceiros, sendo que a família deve constituir um parceiro de primordial importância. O professor tutor deve constituir uma peça-chave na aquisição de competências que baseadas num projeto de vida contribuam para o sucesso pessoal e profissional futuro.
A Escola não pode substituir a família nem as outras instituições de cariz social, no entanto não deve contribuir para que as assimetrias sociais de acentuem. Pelo contrário, tem um papel importante na inversão de situações de risco, permitindo que os alunos adotem processos de resiliência face às vulnerabilidades que apresentam. Para poder ser eficaz a ação tutorial deve ser enquadrada numa ação global das escolas de modo a poderem ser implementadas as tutorias de forma precoce.

Azevedo, N. e Nascimento, A. (2007). Modelo de tutoria: Construção dialógica de sentido(s). Interações, n.º. 7, PP. 97-115.
Ribeiro, E. et al. (2010). A tutoria em contexto de ensino não superior: proposta de  acompanhamento socioeducativo em equipa multidisciplinar. Centro de Estudos em Educação, Tecnologias e Saúde. Instituto Politécnico de Viseu. pp. 161-171

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