“O conflito é a oposição entre duas exigências antagonistas” (Dicionário de Psicologia da Criança). Para Chrispino (2007), “conflito é toda opinião divergente ou maneira diferente de ver ou interpretar algum acontecimento” (p. 15), é próprio da natureza humana e pode ser intrapessoal (conflito consigo mesmo) ou interpessoal.
Costa e Matos (2007) destacam que independentemente do tipo de conflito, o “contexto proximal e distal em que ocorre” (p.76) modelará sempre todo o processo conflitual, ou seja, numa perspetiva sistémica, veem o conflito numa lógica circular e não numa relação linear de causa-efeito (p. 14). Deutsch (1973) “sugere que o conflito seja perspetivado não com uma conotação negativa mas como algo neutro, uma vez que os seus resultados é que podem ser negativos ou positivos dependendo da forma como o conflito é gerido” (Costa e Matos, 2007, p. 75). As mesmas autoras (idem) referem a inevitabilidade dos conflitos, não sendo, só por si, nem bons nem maus. Podemos observar conflitos intrapessoais em todas as idades, mas estes assumem uma grande importância na infância e na adolescência e a sua resolução contribui para a estruturação da personalidade.
Numa abordagem cognitivo-estrutural, o conflito constitui um elemento fundamental no processo de maturação cognitiva de um indivíduo, dado que permite às crianças e adolescentes a aquisição de novas estruturas cognitivas.
Referências Bibliográficas
Chrispino A. (2007). Gestão do conflito Escolar: da classificação dos conflitos aos modelos de mediação. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação. Rio de Janeiro, v.15, n.º 54, jan/mar 2007, p. 11-28.
Costa, E. e Matos, P. (2007). Abordagem sistémica do conflito. Lisboa: Universidade Aberta.
Dicionário de Psicologia da Criança. Verbo. Lisboa.
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