Este tipo de agressão pode ser física, verbal, psicológica ou, mesmo, sexual. “O bullying regista-se na escola em diferentes tipos tais como o físico, verbal e indireto e em diferentes espaços” (Pereira, Silva e Nunes, 2009, p. 455)
O bullying físico pode-se evidenciar através de ações como: bater, empurrar, dar pontapés, rasteirar, provocar estragos, destruir algo do colega (Pereira e Pinto, 1999).
Ao nível psicológico, pode traduzir-se em ameaças, chamar nomes, insultos, mentiras, falsos testemunhos, excluir, ignorar o colega, não respeitar o colega, (Pereira e Pinto, 1999), meter medo, espalhar histórias humilhantes, enviar bilhetes ameaçadores (Pereira, 2006). “O chamar nomes e o dar um nome insultuoso a um colega, nome que o pode marcar ao longo de todo o percurso escolar é uma prática muito generalizada entre as crianças, sendo muitas vezes aceite como algo contra o qual não vale a pena lutar” (Pereira, 2006, p. 48). A mesma autora refere ainda, que esta situação é também muitas vezes aceite pelos professores.
Pereira (2009) confirma, a partir dos estudos realizados em escolas transmontanas, que a vitimização mais frequente é o insulto (1 em cada 4), seguindo-se a agressão física (1 em cada 5). Beane (2006) refere que a situação de bullying mais frequente é a provocação, seguindo-se o abuso físico, nos rapazes, e o ostracismo social, nas raparigas (p. 13).
Por vezes, o bullie fica na sombra, instigando as crianças vitimizadas a fazer coisas que não queriam, como por exemplo roubar. Existem também situações em que um sujeito assume simultaneamente o papel de vítima e de agressor.
Na atualidade, a cibercultura faz parte vida das crianças e jovens. O acesso a telemóveis e a computadores está massificado. As mensagens, a internet, os fóruns, os chats, as redes sociais,… fazem parte da vida diária de quase todos os alunos. Surgiu, assim um novo tipo de bullying: o ciberbullying. Este tipo de agressão pode ocorrer em complemento do bullying, ou como uma forma alternativa. As agressões surgem através dos meios eletrónicos e digitais, manifestando-se, entre outras formas, por mensagens difamatórias ou e-mails ameaçadores. Este tipo de agressão torna-se muito poderoso e mantém no anonimato os agressores, o que pode aumentar a crueldade e dificultar a intervenção.
Referências Bibliográficas
Beane, A. (2006). A sala de aula sem Bullying. Porto Editora. Porto.
Pereira, B. e Pinto, A. (1999). Dinamizar a Escola para Prevenir a Violência Entre Pares. Sonhar, VI, 1 (Maio-Agosto), pp. 19-33
Pereira, B. (2006). Prevenção da violência em contexto escolar: Diagnóstico e programa de intervenção. In João Clemente Souza de Neto e Maria Letícia B. P. Nascimento. Infância: Violência, Instituições e Políticas Públicas. São Paulo, Expressão e Arte Editora, pp. 43-51
Pereira, B.; Silva, M. e Nunes, B. (2009). Descrever o Bullying na Escola: estudo de um agrupamento de escolas no interior de Portugal. In Revista Diálogo educação, Curitiba, v. 9, n.º 28, pp. 455-466, set/dez. 2009
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