Relações inter-pessoais

Relações inter-pessoais

Novo Acordo Ortográfico

O novo acordo ortográfico está em vigor. No entanto, ainda tenho algumas dificuldades em cumprir todos os preceitos. A partir de 17 de Abril, vou tentar escrever de forma adequada às novas regras. Vou tentar!!

sábado, 25 de junho de 2011

A vítima - bullied

Um aluno é vítima quando é exposto, de forma repetida e por um período prolongado, a ações que lhe causam mal-estar e são provocadas por um ou mais colegas” (Olweus, 1991, citado por Pereira, 2006: p. 45). Pereira (2009) considerou vítimas de bullying, nos estudos realizados, os alunos que foram alvo de vitimação três ou mais vezes. Apesar de qualquer aluno poder ser vítima de bullying, existem alguns fatores que aumentam a probabilidade de ser alvo de agressões deste tipo. Para Beane (2006), “as crianças são vítimas de bullying devido à sua aparência física, aos seus maneirismos, ou simplesmente porque não encaixam” (p. 14), como é o caso das crianças portadoras de deficiência ou doença crónica. Este autor destaca também que as vítimas são, por vezes, “crianças cujos os pais são demasiado protetores ou dominadores” (p. 14). Pereira (2006) destaca que as crianças das classes sociais extremas (mais elevada e a mais baixa) são mais propensas a situações de vitimação.
Pereira (2006) confirmou estudos de Whitney e Smith (1993), segundo os quais os rapazes são mais vitimizados do que as raparigas. Pereira e Pinto (1999) referem que “ser vítima na escola deixa marcas negativas, afetando o sujeito durante o período em que ocorre a vitimação, ou a longo prazo” (p. 28). Beane (2006, p. 15) refere que a curto prazo, “vítimas podem sentir-se assustadas e solitárias, e frequentemente tentam evitar as situações nas quais são atormentadas.” enquanto que a longo prazo, “as crianças que são vítimas de bullying começam a encarar-se a si mesmas como não tendo valor ou como sendo inferiores, e o seu desempenho sofre” (idem). Parker e Asher (1987), citados por Pereira (2006) alertam que a “rejeição a que as vítimas são votadas é um sólido indicador de problemas de ajustamento na adolescência e na vida adulta” (p. 48).

Referências Bibliográficas
Beane, A. (2006). A sala de aula sem Bullying. Porto Editora. Porto.
Haber, J. e Glatzer J. (2009). Bullying – Manual antiagressão. Casa das Letras. Alfragide.
Pereira, B. e Pinto, A. (1999). Dinamizar a Escola para Prevenir a Violência Entre Pares. Sonhar, VI, 1 (Maio-Agosto), pp. 19-33
Pereira, B. (2006). Prevenção da violência em contexto escolar: Diagnóstico e programa de intervenção. In João Clemente Souza de Neto e Maria Letícia B. P. Nascimento. Infância: Violência, Instituições e Políticas Públicas. São Paulo, Expressão e Arte Editora, pp. 43-51

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